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Foto do escritorEduardo de Assis

REVIEW: Resident Evil 4 (2023)

O remake do jogo de 2005 é uma atualização gráfica, mecânica, e também do enredo do clássico da Capcom.



Sim, o jogo é muito bom. Melhorou muito o que já era ótimo. A RE Engine, sem dúvidas, é umas das maiores conquistas tecnológicas da indústria dos últimos anos. A cada projeto novo da Capcom, ela está mais bonita e mais otimizada. No Playstation 5, é possível jogar em 4k com o Ray Traycing ligado e o jogo ainda alcança 60 frames (não de maneira constante).


Mecanicamente, o jogo é uma delícia de controlar, ele está com um combate mais cadenciado, e é preciso saber que arma usar nas diversas situações e desafios que o jogo coloca. Além disso, foi adicionado um novo verbo ao jogo, o parry (aparar) e isso faz total diferença no combate. Ao melhor estilo Sekiro (2019), o parry ajuda você a “quebrar a postura” dos inimigos, o que te ajuda a finaliza-los mais rapidamente, economizando munição. Em contrapartida, a faca tem uma durabilidade que diminui a cada parry ou facada em inimigos, fazendo você gastar as suas preciosas pesetas (dinheiro do jogo) no mercador para conserta-la. O clássico risco e recompensa.



Fiquei impressionado em como o enredo é muito similar ao original de 2005. Assim como o primeiro Resident Evil (1996) tem atuações de um filme B de terror, Resident Evil 4 (2005) tem interpretações de um filme B de ação e aventura pastelona, com frases de efeito que não fazem sentido e momentos mirabolantes de ação. O que me surpreendeu é que isso se repete no Remake, mas em um tom mais sério e comedido, o que melhorou bastante o tom do jogo como um todo. Em questão de desenvolvimento de personagens, Leon, Ashley e Luis se destacam. Leon parece cansado e traumatizado pelos eventos do passado. Ashley não é mais uma princesa em perigo, mas sim uma pessoa em perigo e Luis continua o mesmo canastrão, só que mais simpático e adorável.


A experiência vale a pena? Com certeza! Tanto para você que já jogou um milhão de vezes e quer um desafio novo em cenários já conhecidos, quanto você que nunca jogou o clássico.



Mas aqui fica o meu maior questionamento: pra que?


Eu estou com muita dificuldade de entender qual o propósito da Capcom com a leva recente dos jogos da franquia. Desde a revitalização da série em 2017 com Resident Evil 7, foram lançados 5 jogos: 2 títulos novos e 3 remakes. Colocando na balança, o saldo é positivo, apesar do remake de Resident Evil 3 decepcionar em vários aspectos.


Essa dúvida sobre o futuro é o que me incomoda. O que será que vem pela frente? Remake do esquecido Code Veronica (2000)? Ou mais um desnecessário como o do 5? Será que tudo isso está sendo feito para consertar a bomba que foi Resident Evil 6 (2012) e ligar a história melhor com o 7? Ou apenas está rendendo dinheiro e vão fazendo até dar tudo errado de novo? Resident Evil 9 vai continuar com a família Winters? Ou vamos para outro arco com o Chris?


Como grande fã da série, tenho medo que as minhas dúvidas sejam as mesmas da Capcom.

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